sábado, 3 de agosto de 2024

 

Caminhada.

Resolvi fazer uma caminhada pelo valão e no caminho pensei:"Ao invés de andar uma linha reta, como sempre faço, eu poderia ir andando pelas ruas diferentes das que eu ando normalmente". 

Então eu fiz assim, cheguei no cruzamento atravesse a rua e fui reto analisando as ruas "Essa aqui eu pego muito, porque é caminho pra casa da minha tia.", não demorou muito e eu entrei na segunda rua. Vi casas bem feias, vi outras bem bonitas e uma que olhava e pensava: "a pessoa que construiu essa casa sabia do bairro em que morava", pois o andar da casa já começava com 1 metro de altura, e meu bairro é danado pra encher no período de chuvas.

Ao final da rua, voltei a pensar em qual seria minha próxima escolha, mas naquela quadra todas as ruas já eram mais comuns. Então resolvi entrar na rua de uma amiga minha. Passei pela casa dela e lembrei dos avós dela, já falecidos, e dos morangos que ela tinha no canteirinho dela. Uma casa bonita.

Chegando ao final, já com a sminhas costas doendo, porque estava um tempo sem alongar, vejo que estavam fechando uma via que é quase uma principal para fazer festa junina.

Cheguei perto da minha escola, onde estudei da quinta até a oitava série. Virei na rua que antigamente era um mercadinho que se tinha o nome de "Pepe Legal" onde eu e meus amigos comprávamos doces e biscoitos. Hoje é misto de loja de peças e salão de beleza.

Eu nunca na vida, que eu me lembre, entrei nessa rua. Tinha uma casinha que eu achei que poderia ser perfeita pra minha mãe, só teria é claro, que passar por uma reforma.

A casa tinha um jardim da frente, que daria pra ser fácil uma hortinha, garagem e nos fundos um quintal grande com gramado. Serio, uma graça, porem bastante mal-cuidada por causa do dono.

Subi mais um pouco, cheguei numa principal. Onde tem uma sorveteria de um lado e correios do outro. 
Virei a direita segui em frente e virei novamente a direita.

Nessa rua um rapaz me parou pra perguntar se tinha algum terreiro de candoblé. Eu falei que não conhecia e segui meu caminho.

Virei e na esquina era a casa do ex da minha irmã. Na frente tinha um apartamento que antigamente tinha um jardim bonitinho. Hoje tá só o pó da rabiola. 

Virei a direita cheguei na Padaria do Osvaldo. Lugar onde minha mãe trabalhou e até eu fiz uns bicos lá. Em frente a padaria tinha um prediozinho, que antigamente era um SENAI, depois virou escola, depois virou alguma coisa da antiga CEDAE e por fim virou uma corregedoria do bairro vizinho.

Ao lado tinha um Parcão - "Chuchu se estivesse vivia iria amar brincar nesse lugar". Cheguei na pracinha lembrei de quando levava minha cachorra pra passear.

Fui direto e vi que já estava perto de casa, resolvi comprar pão numa outra padaria. Entrei na rua que é vizinha da minha. Nela vi que destruiram várias casas. Uma virou restaurante, outras depósitos.

Passei em frente a uma casa com design modernista, juro que se algo acontecesse a essa casa iria ficar bastante triste. Ela é bem bonita e diferente.

Passei em frente ao melhor lugar do meu bairro no dia de São Cosme e Damião. Nossa, pensa num eventão... a pessoa distribuia doce, brinquedo, bolo e tinha música... uma verdadeira festa para as crianças e para os Santos.

Andei mais um pouco, cheguei novamente ao valão, caminhei, caminhei... e cheguei na padaria. Comprei 2 pães frânces e 1 pão doce. Vi a cavaca que estava vendo lá e lembrei do meu avô.

Voltei pra casa.

Vi minha vó conversando com a vizinha. Entreguei o pão pra ela e subi...

Fiz café, comi o pão, liguei o computador e estou aqui escrevendo para vocês.


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