sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Quando eu faço um texto razoavelmente bom eu tenho que postar, como estímulo mesmo, esse texto era de um trabalho sobre o Fantástico que tive que fazer para a faculdade.

"Olhe  bem,  preste  atenção.  Nós  temos  mágicas  para  fazer.’  Assim  é  o  Show  da Vida,  há  40  anos  no  ar.”  Frase  escrita  no  site  da  Globo  com  o  acervo  de  imagens  e história  da  famosa  revista  eletrônica. Só  fato  de  chamar  o  programa   de  revista  eletrônica  já  era  uma  forma  de  dizer aos  telespectadores  que  o  futuro  chegou  e  é  o  agora,  a  tecnologia  estava  se aprimorando  e  isso  não  era  só  apresentado  em  seu  conteúdo  jornalístico,  seus cenários  e  vinhetas  contam  praticamente  a  história  da  evolução  da  tv  brasileira.   Fantástico  começou  sua  exibição  em  1973  ainda  em  preto  em  branco.  A abertura  do  seu  programa  era  um  verdadeiro  show,  os  cenários  eram  simples  e  boa parte  das  matérias  aconteciam  externamente.  Com  a  chegada  da  cor  na  tv  o  programa já  começou  a  mostrar  no  seu  espaço  uma  preocupação  a  mais  com  os  detalhes  do cenário,  nas  cores  da  abertura,  até   os  figurinos  ganharam  atenção  e  a  iluminação começou  a  ser  bem  trabalhada  e  aprimorada  .   Em  1976  o  Chroma  Key  começou  a  ser  utilizado  tanto  para  ilustrar  a  notícia apresentada  quanto  para  compor  o  cenário  e  as  aberturas.Com  o  avanço  da computação  gráfica,  notamos  o  seu  uso  em  algumas  aberturas  dos  anos  80  e  na  sua logomarca.  Já  era  notório  ,em  seu  conteúdo,  a  utilização  da  animação  3d  e  o  uso  do computador  para  ilustrar  a  informação,  como  por  exemplo  o  “tira­teima”,que  é  um quadro  do  programa  que  se  propõe  a  esclarecer  os  lances  “duvidosos”  dos  jogos  de futebol.   Porém,  nos  anos  90,  notamos  que  além  das  mudanças  no  âmbito  da  tecnologia, a  forma  de  apresentação  tornou­se  mais  dinâmica.  O  cenário  já  não  era  mais  composto de  bancada,  o  fundo  ficou  neutro   e  a  iluminação  era  mais  valorizada. A  logo  e  vinheta  mudaram.  No  cenário,  trocou­se  a  apresentação  em  uma bancada  ,para  uma  em  que  os  apresentadores  ficavam  em  módulos.  A  decoração  era reproduzida  pelo  Chroma,  que  se  utilizava  das  reportagens  e  vídeos  que  seriam exibidos  no  decorrer  do  programa.  Nas  suas  reportagens  ,  foi  o  primeiro  no  Brasil  a realizar  uma  transmissão  pelo  videofone  (sistema  de  telefonia  que  permite  a  troca simultânea  de  imagens  e  sons  entre  os  usuários)  e  com  o  desenvolvimento  da  internet, permitiu  que  o  Fantástico  fosse  transmitido  em  tempo  real  durante  a  Copa  do  Mundo 1de  98,  e  também   a  criação  de  um  site  para  rever  as  matérias  que  foram  ao  ar  ou  até mesmo  contar  com  a  participação  do  telespectador  nos  chats. A  internet  se  tornou  uma  das  extensões  da  revista.  O  mundo  digital  começou  a invadir  a  televisão  e  em  2000  criaram  uma  apresentadora  virtual,  a  Eva  Byte,  que interagia  com  os  apresentadores  físicos  e  com  os  internautas. O  espaço  ficou  ainda  mais  aprimorado  com  os  painéis  multi­touch  colocados  em acrílico  que  exibiam  em  alta  qualidade  as  imagens.  O  novo  formato  do  palco  permitia múltiplas  formas  de  enquadramento.   O  Fantástico  até  então  já  estava  com  uma  cara  mais  modernizada  e  fluida.  A interação  com  o  público  começou  a  crescer,  enquetes  eram  realizadas  e  já  se  viam quadros  realizados  com  videos  caseiros. Com  a  chegada  do  novo  formato  HDTV,  um  dos  marcos  da  tecnologia  televisiva, voltada  para  a  qualidade  da  imagem,  a  emissora  inaugurou  esse  formato  de  exibição numa  reportagem  em  2007   no  Alto  Xingú.   Nessa  fase  de  transição  o  repórter cinematográfico  Lúcio  Rodrigues  e  seu  assistente  técnico  Douglas  Silva  tiveram grandes  desafios  em  enquadrar  as  cenas  pensando  nos  2  formatos  (SD  4:3  quadrado  e HD  16:9  retângular),   “Operar  a  câmera  não  parece  ser  muito  diferente  do  habitual,  mas é  preciso  fazer  dois  enquadramentos  perfeitos:  o  que  vai  ao  ar  nos  televisores  antigos  ­ e  o  mais  amplo,  mais  largo,  que  foi  visto  pelos  telespectadores  de  São  Paulo  e  região metropolitana.  Além  disso,  o  cuidado  com  a  iluminação  é  maior,  já  que  detalhes  que antes  passavam  despercebidos,  se  tornam  mais  visíveis”.  Após  a  Globo  resolveu adotar  de  vez  o  novo  formato. Além  do  avanço  tecnológico  que  permitiu  entregar  o  material  com  mais  qualidade “atendendo”  a  demanda  do  atual  público,  o  crescimento  das  redes  sociais  ganham também  o  destaque,  essa  tem  sido  utilizada  para   fazer  chamadas  para  o  programa  e ainda  compor  a  programação  fora  da  telinha,  como  por  exemplo:  fazer  um  debate  com o  entrevistado  ao  vivo  ou  rever  uma  matéria  que   perdeu. O  acesso  ao  programa  em  outras  plataformas  mostra  que  ela  cumpre  o  “papel” de  revista  eletrônica,  acompanhando  as  inovações  e  tendências.  Uma  grande  sacada da  emissora  em  trabalhar  um  programa,  que  podemos  dizer  como  completo,  desde  a sua  formação  em  73  e  que  utiliza  os  meios  para  acompanhar  essa  nova  geração   mais exigentes  e  que  anseia  receber  as  informações  mais  rápidas.  Mesmo  que  surjam barreiras  sociais  ou  tecnológicas   o  show  não  pode  parar,  na  verdade,  assim  como  a vida  o  show  nunca  para. 


Referências: http://memoriaglobo.globo.com/programas/jornalismo/programas­jornalisticos/fantastico/fantastico­hdtv.htm

https://pt.wikipedia.org/wiki/Fant%C3%A1stico

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